Esse texto vai ser pessoal mesmo. Vim aqui dizer, que eu não sei aceitar. Eu nunca soube aceitar bem o fim das coisas. No texto anterior, eu falei da morte, mas nesse texto eu falo da vida mesmo. Há várias formas de se morrer, enquanto se vive. Como eu já disse, eu acho que a gente nasce pra morrer aos poucos. Que a gente vai construindo, pra perder. A gente passa anos na escola decorando fórmulas, pra quê? A gente passa dias no trabalho, pra quê? A gente se mata por relações amorosas, pra quê? Nada faz sentido. Tudo dói, tudo é inconstante, tudo é absurdo. A vida é absurda. E nós não somos nada. Planos pra uma vida toda, relações que se cuidava com todo o zelo, de repente, tudo escorrega pelas mãos. O futuro fica em branco, e você fica ali, vendo as pessoas partirem. Você fica vendo. Você vê a vida. Você vê as coisas acontecerem, você fica ali, parado, intacto, porque tem momentos que nada pode se fazer. Momentos que não dependem de você. As pessoas são complicadas, e no mundo, você é o único certo na sua convicção e pronto. Deixe o resto, deixe as mágoas, e se pra deixa-las for necessário chorar: chore, chore, chore. E por mais que te digam que é inútil chorar, continue chorando até chegar no fundo do poço. E quando chegar, lá obtenha o maior impulso, pule alto. Faça de tudo, escreva tudo, dê valor enquanto é tempo, dê valor. Nos mínimos detalhes. Só não morre antes do tempo.
Dias corridos, vida corrida, inspiração na cabeça, mas não no papel. Quando der passo aqui. Saudade de tudo, mas esperança pra tudo também. Dias melhores? por favor.
XoXo
Kauana Amine
"Não importa o que digam, siga o que você acredita ser verdadeiro"
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