Vamos brincar de sermos felizes. Me joga em um canto qualquer e me prende ali. Não me deixa sair quando eu disser que tenho que ir, que tenho trabalhos à fazer, ou que alguém me espera. Me prende, diz pra eu deixar a obrigação pra lá. Me joga num cantinho de felicidade e me faz não querer mais nada. Me faz falar. Fica me olhando e me deixa com aquela agonia de quem ficou pensando no que eu disse e ficou sem ter o que responder. Pergunta que eu falo. Eu quero falar. É só eu ver que há interesse de saber. Pergunta do passado, dos amores, das frustrações. Pergunta das pessoas que passaram na minha vida, dos meus tombos na infância, do meu brinquedo favorito. Sei lá, só pergunta... Eu quero falar. Pergunta do que eu penso todas as noites, e quando eu ficar quieta pergunta no que eu estou pensando. Ou não pergunta isso. Me olha no olho e saiba o que eu quero. Me olha no olho e veja alguma coisa. Faça eu ser a melhor que eu já fui. Coloca algum brilho no meu olhar. Coloca qualquer coisa, só não deixa esse vazio. Esse negócio que olham e não enxergam nada. Coloca. Vem. Fica. Comigo.
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