domingo, 10 de abril de 2011

Talvez seja isso.

E o que eu estou precisando deve estar estampado em mim: Novidade. Acho que no momento é a minha maior necessidade. Uma vez eu passei por isso e bem, isso me levou a um lugar muito bom. Onde as pessoas me conheceram como eu entrei, onde eu me senti eu mesma, onde eu fiz amizades verdadeiras e onde eu me encaixei, mas como nada dura para sempre, por algum motivo maior eu tive de sair daquele lugar. Inconstante, pois é. Fui para outro, que foi uma mudança radical, mas diferentemente do outro, eu não me encaixei. Eu não me encaixo. E eu me pergunto se um dia eu vou me encaixar. Esse lugar pra mim, se torna cada dia mais indiferente, e o lado ruim, é que isso está me tornando indiferente também. Por ter de frequentar e fazer coisas das quais não me sinto bem, vou me tornando cada vez mais acostumada à tudo. Distante de tudo. Implorando por algo real. Implorando por sentimento. Esperando por vida de verdade, que não se construa baseada na convivência. E dizem que daqui pra frente é assim... Ah, quero pessoas reais, pessoas diferentes, pessoas que conversem, que escutem de verdade, pessoas que se disponham a serem minhas, pessoas com quais eu sinta confiança, pessoas com quais eu me sinta bem, pessoas que gostam de mim pelo que eu sou de verdade. E que não me troquem. Não me abandonem. E eu não faria isso também, acredite. Eu quero CONHECER quem eu tenho do meu lado, sabe? Não quero conviver com cascas, das quais eu não saiba nada de suas histórias, e nem elas da minha, e nem fazem questão de saber. Cascas que eu não sei quando estão bem ou não, cascas que da mesma forma que eu, parecem indiferentes à tudo. Eu quero viver de verdade. Eu quero poder dizer que eu tô bem e me sentir bem. Ou dizer que eu tô mal quando eu tô mal. E quero que isso seja recíproco. Eu quero falar o que eu tenho vontade, na hora que eu tenho vontade, sem me preocupar se eu posso ou não falar o que eu penso. Eu quero que falem para mim, que sejam sinceros, mas que não me machuquem. Eu quero mudança. Quero algo que não seja supérfluo, não seja futil, não seja frustrante. Talvez, eu não consegui quando troquei de lugar, porque eu gostava tanto do outro... E por muito tempo eu fiquei procurando semelhanças. Até me conformar que assim como às pessoas, tudo muda. Não adianta procurar em uma pessoa, coisas que outra tinha, ninguém é igual. Da mesma forma, os momentos não são iguais, os lugares não são iguais, e você precisa seguir... E aprender com essas diferenças. Se adaptar. Mas eu preciso me adaptar a uma mudança boa. Preciso me adaptar a um lugar que eu goste. Preciso me adaptar a pessoas com quais eu construa sentimento de necessidade mesmo, e não de convivencia. Preciso escrever uma história, mas escrever de verdade, sabe? Sentir prazer em escrever essa história. Me sentir bem, eu preciso me sentir bem outra vez. Eu preciso fechar os olhos com tranquilidade de que tudo está bem. Mas isso não acontece há algum tempo. E eu temo muito que não aconteça nunca mais. Muito mesmo.

Um comentário: