sexta-feira, 18 de março de 2011

stranger

A cabeça pesada. O corpo doendo. Os olhos forçados. O sorriso que já não existe mais. Os comprimidos que ela precisa e não quer. As pessoas que ela quer e não tem. As que ela tem, e as vezes sente como se não tivesse. A dor que consome. A dor que a matou. A falta de saída... Que saudade dela. Saudade dela, tão perfeitinha. Saudade dela, procurando coisas para rir na madrugada. Procurando pessoas, para compartilhar momentos. Saudade dela, dizendo uma palavra que motivasse, e com o pensamento positivo. Saudade do sorriso dela. Dos olhos brilhantes. Do jeitinho singular, que só ela tinha. Que saudade de ouvir das pessoas o quanto ela era maravilhosa. Que saudade de ela se sentir maravilhosa. Saudade dela dizer que a vida valia a pena e que apesar de tudo, ela iria permanecer com o sorriso no rosto. Algo foi mais forte que ela. Por quê? Me fala, quando foi que ela se perdeu? Logo ela, que teria capacidade de fazer tantas pessoas se encontrarem, se perdeu. Ela se perdeu em um mundo que não é mais dela. Se perdeu por se sentir estranha. Se perdeu por não ver compreensão. Se perdeu em meio de palavras escuras, de mágoas insanas, de memórias que não voltam mais. Ela se perdeu por aí, saiu sem rumo, sem data pra voltar. Saiu por aí e deixou só a casca, fingindo que ainda vive como antes. Mas não vive. Não sente. Antes era a esperança que substituía o medo. Hoje é o medo que substituí a esperança. Esperança do que mesmo? Esperança porque mesmo? Hoje se tornou só mais uma palavra para ela. Hoje, ela continua existindo, mas ela não vive mais. Quem é que notou, afinal? Quem é que fez algo para impedir? Quem é que veio e provou pra ela que ela estava errada? Quem é que lembrou de quem ela é de verdade? Quem é que deu motivos pra ela ficar? Ninguém. As pessoas só deram motivos para ela se sentir estranha... Ou apenas mostraram que podem continuar suas vidas, sem ela. Então ela se foi. E está por aí... Perdida. Talvez um dia, encontre um motivo para voltar. Talvez um dia, encontre um motivo que a faça sorrir de verdade. Talvez um dia, veja a magia de volta. Enquanto isso, ela permanece por aí... perdida.

Um comentário:

  1. um dia eu descobri que é se perdendo que se encontramos e por mais que ainda esteja perdida sei que não falta muito pra me encontrar, e a esperança por mais escassa ainda está lá. Coloca um dois nesse texto por mim, ADPOSJKSA;D

    <3

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