domingo, 7 de março de 2010

Reflexos da inocência.

Em uma tarde de sábado, em outra cidade, com a família, foram para a praça. Era pequena, era simples, era real. Haviam duas crianças com eles, a sua irmã e uma outra pequena. Ela estendeu uma mão para cada uma, e enquanto as pequenas entrelaçavam os pequenos dedos tão frageis por volta de sua mão, davam passos longos, quase maiores do que as próprias pernas; ela as acompanhava, apertando forte as mãozinhas, quando quase caiam. Não era necessário qualquer palavra, era perceptível a felicidade, os sorrisos, a fascinação. Iriam para a pracinha! - A cinco anos atrás, ela estaria correndo para a pracinha, mas enfim.. - Seu irmão também estava, ele ajudaria ela a cuida-las. Quando enfim chegaram na pracinha, enquanto colocavam os pés na areia, sentindo os grãozinhos penetrar pela pele suada, as pequenas corriam, como se naquele momento, tudo fosse mágico, e de fato era, para elas era. Brincou com elas, e então sentou. Sentou na areia, e ficou apenas observando. Nunca tinha visto sua irmã tão realizada. Era algo diferente, era algo fora da rotina. Sair de casa, ver pessoas... E enquanto via sua irmã ascenar para crianças que estavam em um brinquedo, realizadas também, começou a pensar... Nas crianças. Como eram perfeitas. Não precisavam crescer. Porque cresceriam? Porque teriam de se tornarem adultas algum dia? Que injustiça! Porque perderiam a inocência que era tão pura até então? Mal sabiam, como a realidade era de verdade. Enquanto corriam pela areia, desciam pelo escorregador, ou brincavam na gangorra, não viam a maldade. Apenas as outras crianças, e ficavam feliz por isso. Não importava a cor que a outra tinha, se tinha dinheiro ou não, eram todas crianças, e o único interesse era se divertir. Já se amavam, mas não precisavam ressaltar isso a cada instante. Curavam a carência com abraços sinceros, ou aperto de mãos. Nada muito exagerado. Também não conseguiam ver maldade nos maiores, eram titios ou titias... Apenas. Que os levantariam, e cuidariam de seus dodóis caso machucassem. Quando sentiam fome, pediriam "mãmãm" e logo teriam o que comer. Mas nem com todos era assim. E enquanto pensava, logo um pensamento de raiva, atingiu-lhe, pior do que um punho em sua face. Como podiam machucar crianças? O que tinham na cabeça, para fazer mal, a um ser totalmente inofencivo? Não conseguia entender. A que estado chega um pai, a ponto de machucar o próprio filho? E enquanto olhava aquelas crianças, só conseguia se sentir bem. Tranquila. Pura. Com uma paz... uma paz que não sentia a tempos. E prometera que cuidaria daquela que fosse sua, que cuidaria das que estivessem ao seu alcançe. Prometera, que faria de tudo, para apenas proporcionar momentos daqueles para as suas crianças, sua irmã, seus possiveis filhos, e a todas que estivessem com ela, e iria cumprir, é claro que iria! Afinal... ela amava crianças, e isso era tudo que elas precisassem: De amor! Não precisavam de dinheiro. Alguns brinquedos apenas, atenção, carinho... E entregavam seu coração. E confiavam. E de fato, mereciam. Crianças mereciam todo o amor do mundo. E ela daria... Mas será que os outros dariam também? Ela esperava que sim, ela realmente esperava.

2 comentários:

  1. A M E I *-*
    SEM PALAVRAS KAU, AMEI MUUUUITO ESSE TEXTO!
    CHOREI AQUI VELHO, AEOIHDOIAHED >.<
    LINDO, PERFEITO, *-----------*
    TE AMO MT <3.

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  2. crianças são muito inocentis e deveramente não deveriam crescer elas são linda,e eu acho um absurdo judiar de uma criança.

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