segunda-feira, 29 de março de 2010

Dia da falta.

Está declarado, nunca foi como hoje. Quando a ficha caiu, e a realidade chamou. Gritou. Berrou pra mim. E por mais que eu colocasse um travesseiro na cara, e tentasse gritar também, ela gritava mais alto. E rever as amigas, as melhores amigas me fez tão feliz. Ahhhh, a minha velha felicidade. No momento em que ela existia, eu não sabia ao certo o que era. Eu havia me acostumado, e eu estava tão feliz. Que eu não queria que acabasse nunca, mas eu sabia que esse dia ia chegar, só não sabia que ia doer tanto. Eu sabia rir escandalosamente, eu sabia ser eu. E eu fui aceita, sendo eu. E eu fui parte de algo. Eu fiz parte de um grupo, que eu sabia que sem eu não seria o mesmo. Porque eramos um grupo. Porque eramos destacadas como um grupo, porque eramos unidas. Mas não precisavamos mostrar isso pro mundo, nós sabíamos. Nos sábado a noite, comendo brigadeiro, e assistindo filme a gente sabia. E por isso, a falta dos dias que não voltam, cutuca. Falar todas ao mesmo tempo, porque queriam expor as ideias. Fazer piadinhas no meio das aulas. Reclamar. Falar dos professores, mas no fundo adorar eles. Idolatrar eles. Meus heróis... Os melhores que existiram. Ainda tinha vezes que me sentia tão distante, porque sou assim... Mas nada comparado a agora. Nada comparado a agora que os abraços em grupo não são acompanhados das lágrimas e da certeza do "vamos seguir, juntos" eu só sinto falta. E eu não gosto mais de ficar sozinha, como eu gostei um dia. E eu erro, erro tentando acreditar que eu vou conseguir ser mais feliz do que eu fui. Talvez eu esteja obsecada, a ponto de agarrar e não soltar nunca mais. Eu sei da realidade, mas quero fingir que passa despercebido. É mais fácil. É mais fácil do que dizer que eu aceito. Ahhhhhh, quanta falta! Que se eu tentasse descrever, eu não saberia. Eu só queria... ser feliz pra sempre. E que as pessoas também fossem. Só queria que ninguém tentasse ser melhor do que ninguém, que ninguém quisesse mudar as ideias dos outros, e aceitasse. E respeitasse. E convivesse. Só queria que todos fossem vistos como tais e não como objetos. Humanos. Humanidade. Amigos. Pessoas. E pessoas com sentimentos. Mesmo que inexplicáveis, como o que eu sinto agora, não deixam de serem sentimentos. E me aceite com eles. E me aceite reclamando. E me aceite insatisfeita. Vamos, querem ver vocês me aceitarem como elas me aceitaram um dia. Vamos. Quero ver vocês me entenderem e me ligarem porque sentiram a minha dor. Quero ver vocês dizerem que as coisas vão melhorar, mesmo que eu não pareça dar importância. Quero ver vocês terem tal cumplicidade e dar pra mim comer o que seria de vocês, se eu sentisse fome. Eu quero ver vocês ouvindo o que eu penso. Mas vocês não querem. E se não querem, é porque sabem que isso vai doer. Como dói em mim. Mas vai passar eu sei que vai, como toda a felicidade. Que veio em cheio, se foi assim, mas que possivelmente volte, eu quero acreditar nisso... E se não voltar, eu me adapto mesmo. Mas, não vou deixar de contar, as minhas histórias. As minhas pessoas, comigo ou não. Tendo diariamente ou só as vezes, não importa. Não as amo menos por isso. Pelo contrário...

5 comentários:

  1. CARA, eu adoreeei *-*
    mesmo,mesmo :D
    É tudo pelo qual estou passando, e você soube descrever muito bem, com palavras que eu não saberia. WHOOA :*

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. a cada dia vocÊ se supera kaau demonstra teus sentimentos de uma forma que nos faz pensar em tudo o que nós já passamos antes, faz nos encontra em cada palavra e viver um pouco do que você viveu ou está vivendo é tão bom saber que eu tenho a grande sorte de conhecer um pouco mais dessa pessoa chamada kauana.

    já és mto importante na minha vida dona kau!te adoro <3

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  4. MEU, MUITO PERFEITO!
    AMEI MESMO, SEM PALAVRAAAAAAAAAAAS ♥

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